Victor Martins nasceu na Ilha Terceira, Açores. Com pouco mais de dois anos de idade foi levado por seus pais, Manuel Martins e Prudência Martins para a Ilha do Pico, de onde são naturais, para logo depois transitarem para a ilha do Faial onde Victor viveu até completar onze anos de vida.
Em 1969 emigrou com sua mãe para o Canadá para se juntar a seu pai que já se encontrava vivendo naquele país. Frequenta então a escola secundária enquanto que, aos fins de semana, na companhia de seus familiares e amigos, ia às festas do Clube Amor Da Pátria o qual havia sido fundado por seu pai e alguns amigos. Foi ali, numa vivência com características bem açoreanas, que Victor Martins começou a entusiasmar-se pela música, ou não fosse ele um descendente de uma família toda voltada para a arte musical, começando a fazer parte de alguns conjuntos como trompetista. Mais tarde, junta-se a outros jovens cujos pais também frequentam o Amor Da Pátria, e formam os Baleeiros, atribuição que se ficou devendo ao facto dos membros do referido conjunto serem oriundos de famílias naturais das ilhas Pico e Faial onde então existia uma grande indústria baleeira. Algum tempo depois o título Baleeiros é substituído por São Remo por influência do festival italiano da canção do mesmo realizado anualmente em Toronto.
Á medida que o tempo passa o jovem músico entusiasma-se pelos sons da bateria que aprende a executar com rapidez e acaba por se tornar baterista do conjunto São Remo participando simultaneamente nos coros do mesmo, factor que o vem a influenciar mais tarde. Passados dois anos dá-se a dissolução do São Remo e Victor Martins ingressa no conjunto Strong Winds. Este conjunto sob o domínio Ventos de Portugal acompanha Fátima Ferreira na gravação da Marcha do Lusitânia de Toronto. Seguem-se depois incursões nos conjuntos musicais: Os Unidos, Destiny, Paradise, Universal e finalmente os Ritz que emprestam o nome a uma cassette que Victor Martins grava em 1992.
Douze anos são decorridos e devido a imprevistos factores familiaresVictor Martins afasta-se das lides musicais às quais vem a regressar em 2006 para se dedicar às cantigas a solo e com mais afinco. Seguem-se então actuações pelos clubes e associações da Província do Ontário que ao mesmo tempo servem de prelúdio para a edição de um trabalho discográfico, intitulado Victor Martins, gravado no MIDI-TECH STÚDIO pelo seu produtor Hernani Raposo que também executa uma grande parte dos instrumentos musicais ao vivo que se fazem ouvir no referido trabalho discográfico apresentado em primeira mão, com notável sucesso, na Casa da Madeiraem 2008. Nele está incerida uma colectânea de canções para todos os gostos, algumas já conhecidas mas com nova roupagem e outras inéditas que o Cantor fez questão fossem escritas por seu pai Manuel Cândido Martins, seu primo José Gabriel Martins, seu tio Dias de Melo, sua grande amiga Maria Martins, David Rodrigues e Fátima Toste. O trabalho discográfico dá ao cantor uma maior divulgação e serve de trampolim para deslocações a várias celectividades portuguesas da Província do Ontário.
Em 2008 vai ao Winnipeg para actuar nas festas do Espírito Santo à moda do Pico, na Casa dos Açores, a convite do conceitoado artista e compositor João Pimentel. No mesmo ano canta na Ilha do Pico nas festas de S. João Pequenino, uma festa que seu pai iniciara quando contava apenas 18 anos de idade.
Em Junho de 2009 é convidado pela organização Amigos do Pico para fazer parte do cartaz artistico da Festa da Santíssima Trindade em Surrey BC e em Julho, por intermédio de Regina Meireles, actua na Vila das Lages, Flores, Açores, na Festa do Emigrante tendo sido muito apreciado. Ainda no mesmo ano, convidado por José Ferreira, é cabeça de cartaz em East Providence, Estados Unidos, na festa de aniversário da www.adiáspora. com . Já o havia feito em 2006, aquando das mesmas celebrações, realizadas no Sport Clube Lusitânia de Toronto. Nesse dia, em dueto com Michelle Romeiro, interpretou a bonita canção Abraça-me.
2010 é ano para várias deslocações artísticas: Em Agosto a Montreal para colaborar na festa da Senhora do Monte. Em Toronto, no Madeira Parque, participa também nas mesmas celebrações. Ainda no mesmo ano, em Setembro, viaja para Edmonton a convite de Alberto de Carvalho produtor e apresentador do programa radiofónico Aguarela Portuguesa, como convidado especial das festas do Sagrado Coração de Jesus. Em Maio é convidado para interpretar Benfica, Benfica, Benfica, da autoria de José Mário Coelho e Hernani Raposo, no Clube Português de Mississauga, Ontário, abrindo assim as festividades de boas vindas ao Benfica aquando da sua passagem por Toronto como campeão Nacional de Portugal para a época 2009-2010. Victor Martins ao entrar no palco é surpreendido pelos jogadores que ali o aguardavam em apoteose. Momentos inesquecíveis que marcam a vida do Cantor
Porque o álbum Victor Martins passa constantemente nas rádios as acutações sucedem-se, e em Março de 2011 é altura para ir cantar em Gatineau, Quebec. Vai conjuntamente com a dança carnavalesca do Sport Clube Lusitânia de Toronto. Culminava-se então um já longo percurso pelas colectividades portuguesas que inclui Scarborough, Bradford, Barrie, Orangeville, Dundalk, Fergus, Brampton, Mississauga, Oakville, Hamilton, Simco, Cambridge, Kitchener, London, Strathroy, Sarnia, Leamington e Windsor. Durante este longo percurso abriu espectáculos para cantores locais e vindos de Portugal tais como; Quim Barreiros, Fernando Correia Marques, Rui Bandeira, Henrique Cipriano, Sarah Pacheco, Décio Gonçalves, Marcelo Neves, João Pimentel e Star Light.
Com a edição do seu novo álbum, intitulado Um Pouco Mais, o terceiro a ser editado, (com douze faixas três das quais já conhecidas e as restantes da autoria de José Mário Coelho, Fátima Toste, Isabel Bonanza, Manuel Cândido Martins, David Rodrigues, Maria Martins e músicas de Maria Martins, Paulo Marques e Hernani Raposo) a ser apresentado ao público no dia 15 de Outubro na Casa do Alentejo,Victor Martins, indubitavelmente, voltará a reafirmar o seu talento e apego pela música e simultaneamente a sua vivacidade, comunicabilidade e paixão pela música portuguesa bem como a sua simpatia para com a audiência que o recebe sempre de braços abertos.
Escrita por Avelino Teixeira em Junho de 2008